O movimento Escola Sem Partido e sua tentativa de censurar os jovens

A polêmica de hoje se trata do movimento e agora projeto de lei, Escola Sem Partido. O projeto de lei criado pelo senador Magno Malta (PR-ES), pretende implementar nas diretrizes da educação uma série de restrições aos professores. Educadores não poderiam, por exemplo, conduzir discussões consideradas doutrinárias e com reflexões críticas.

O Senado está realizando, devido a grande complexidade do tema, uma consulta pública no portal e-Cidadania. Por enquanto, depois de mais de 360 mil votos, o contra está ganhando. Os que se posicionam a favor, dizem que os professores deveriam manter neutralidade acerca dos temas discutidos em sala de aula, sem se aproveitar da audiência dos alunos para fazer propaganda aos seus interesses. E temas políticos, socioculturais, ideologias de gênero, entre outros, deveriam ser evitados.

O fato curioso é que a maioria das pessoas que defendem o projeto de lei 19/2016, não são educadores. Em primeiro lugar, é importante lembrar que a Constituição Federal abrange este tema no seu artigo 206, onde garante a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, além do pluralismo de ideias e concepções pedagógicas. Portanto, esta lei é inconstitucional. Além disso, nossos estudantes estão aptos a debater sobre os mais variados temas. Eles não são seres inanimados que recebem informações dos professores e simplesmente concordam. Eles são seres pensantes, que promovem não só dentro das salas, mas fora também, grandes debates acerca de todos os temas. Basta nos lembrarmos das ocupações na rede estadual de ensino, do Movimento Estudantil Secundarista e tantas outras formas de manifestação de nossos jovens. Esse é o medo deles. Os jovens estão criando pensamento crítico, estão indo às ruas dizer o que pensam. Mais uma vez tentam calar a voz da juventude.

 

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