A notícia como produto: um relato do jornalismo atual

Muita coisa mudou desde o início do jornalismo na Revolução Francesa no século XVIII. A informação que antes era tratada como privilégio e depois como um direito, hoje é usada como fonte de lucro pelas grandes empresas.

Ao longo dos anos, com o desenvolvimento do capitalismo nos países do ocidente, grandes empresas perceberam que havia uma necessidade das pessoas ao acesso à informação. Foi então, que uma grande ideia lhes ocorreu: utilizar o direito à informação como fonte de alienação e aumento de lucro. Como? Simples: detendo poder sobre quem transmite conteúdo. Surgem a partir daí, os grandes grupos de comunicação.

Uma grande descoberta, a notícia como produto. E o que era um direito torna – se novamente um privilégio. Hoje, vemos jornalistas atendendo aos interesses de companhias, vendendo matérias, se vendendo. Notícias forjadas, manipulação de massas, tudo com o intuito de manter no poder aqueles que lá estão. Jornalismo parcial, que se preocupa em satisfazer o “patrocinador” que os mantém no ar e não o ouvinte. E exemplos não nos faltam à memória, quando ao invés de relatar o atraso em obras do governo, determinado jornal prefere dar ênfase a vitória da seleção da brasileira de futebol de Neymar e companhia. Mas quando decidem relatar o atraso, reparem só, relatam apenas os atrasos dos governos que fazem oposição à seus “patrocinadores”.

Triste relato de um jornalismo onde notícia é produto e jornalista é vendedor. Um jornalismo que transforma em 4º poder, até mais poderoso que Legislativo,Judiciário e Executivo. Este é o jornalismo da atualidade, ou será quem nem de jornalismo isso pode ser chamado?

 

 

 

 

 

 

 

2 comentários em “A notícia como produto: um relato do jornalismo atual

  • 15/07/2016 em 10:14 am
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    É difícil ser imparcial e ainda pagar as contas. Aliás, eu creio que não há imparcialidade no jornalismo. Vale lembrar que desde Luis Gama, Julio de Mesquita e outros, os primeiros jornais paulistas sempre serviam a divulgação de uma causa. O regime cubano ainda mantém um jornal pelos mesmos motivos.
    Enfim, antes o desafio economico do editor era de buscar assinantes para coletar o dinheiro para pagar dignamente seus jornalistas e funcionários. Pagavam quem acreditava naquela causa. Não haviam patrocinadores.
    Além disso, hoje o desafio atual também é do leitor de conseguir filtrar tanta informação e gratuita. Por que escolher publicação X e não a Y sendo que a Y não me paga nada?
    Boa sorte pois aí esta um desafio enorme do jornalismo: pagar as contas, ser independente e não depender de subsídios do governo nem de grandes patrocinadores.

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