O Jornalismo está ameaçado pelas redes sociais? O papel do jornalista nas mídias digitais

Com o advento da tecnologia, o acesso à informação se tornou muito mais rápido e fácil. O volume de informações também se multiplicou. E entre os maiores compartilhadores de informação estão empresas como Google e Facebook. Estaria então ultrapassado o trabalho do jornalista? As redes sociais são uma ameaça ao Jornalismo?

Nós podemos observar nos últimos anos, um grande aumento no compartilhamento de notícias.  E também um grande aumento na divulgação de notícias falsas. Mas o que ocorre é que empresas como Google e Facebook não se responsabilizam pelo conteúdo que oferecem. Há uma crescente necessidade de se encontrar um meio de frear a divulgação de notícias falsas. Pois essas notícias prejudicam seriamente o Jornalismo, afetando sua credibilidade.

E as “fake news” só se proliferam por conta da falta de conhecimento do público, que o torna incapaz de separar o verdadeiro do falso. Ou seja, principalmente no Brasil, a falta da capacidade de discernimento do público – causado pela baixo nível de escolaridade em muitos casos – contribui para que os mesmos compartilhem tais informações.

Porém, ao mesmo tempo, a procura por fontes confiáveis de informação só cresce no mundo todo. Vide o aumento nas assinaturas online de veículos como: “The New York Times” e “The Washington Post”. “As assinaturas estão subindo porque as pessoas estão pensando: “Na verdade, acreditamos que há um valor, para nós, em ler”. As pessoas estão acordando para o valor do Jornalismo. Podemos agradecer Donald Trump por isso”. Disse o ex – editor – chefe do “The Guardian”, Alan Rusbridger, em entrevista à Folha de São Paulo. Sim, Trump fez as pessoas voltarem a valorizar o bom jornalismo. Ele reacendeu o interesse por jornalismo ao criticar a imprensa.

Para Rusbridger, o papel do jornalista é mais importante agora. Pois é ele que deve dizer quais são as notícias falsas e quais são as verdadeiras, além é claro, de contextualizar as informações. O que, segundo Alan, não tira a responsabilidade do duopólio Google-Facebook administrar e se preocupar com o conteúdo de suas plataformas.

The Leveson Inquiry Continues Into Culture, Practices And Ethics Of The Press
Alan Rusbridger, ex-editor-chefe do jornal “The Guardian”

A entrevista completa do jornalista à Folha de São Paulo, você confere aqui.

Deve se , portanto, procurar um pacto entre os veículos de comunicação e essas empresas para combater esse mal. Uma das soluções já discutidas, é a Alfabetização em Mídias. Uma espécie de curso que tornaria o público capaz de discernir notícias e conteúdos “fakes” dos verdadeiros.

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